Os primeiros anos de vida são muito importantes para a formação dos hábitos alimentares.
Uma alimentação saudável e adequada na infância é fundamental para garantir o pleno crescimento e desenvolvimento físico, cognitivo e psicossocial da criança. Além disso, os primeiros anos de vida são importantes para a formação dos hábitos alimentares, o que terá forte impacto na saúde do adulto.
Ao nascer, o alimento ideal é o leite materno. A OMS, assim como o Ministério da Saúde e a Sociedade Brasileira de Pediatria recomendam o aleitamento materno por 2 anos ou mais, devendo ser exclusivo nos primeiros 6 meses de vida. Além de reduzir o risco de morte, diarreia, infecção respiratória, alergias e obesidade na infância, o aleitamento materno tem efeitos de longo prazo, reduzindo a chance de obesidade, hipertensão, colesterol alto e diabetes no adulto. E ainda, por variar em função dos alimentos que a mãe come, o bebê tende a aceitar melhor outros alimentos.
Aos 6 meses, a criança está pronta para receber novos alimentos, capazes de complementar as demandas de energia e nutrientes da criança, juntamente com o leite materno. Essa introdução deve ser feita de forma gradual, contemplando alimentos de diferentes grupos, em ambiente agradável e afetuoso.
Os problemas mais comuns decorrentes da alimentação inadequada são anemia, deficiência de vitamina A, excesso de peso e desnutrição. Nas últimas décadas, o excesso de peso aumentou muito entre as crianças. Segundo o Ministério da Saúde (2021), estima-se que no Brasil 6,4 milhões de crianças menores de 10 anos tenham excesso de peso e 3,1 milhões obesidade. Estudos têm evidenciado um alto consumo de refrigerantes, bebidas adoçadas, salgadinhos e doces e um baixo consumo de verduras, legumes e frutas.
Os pais exercem forte influência na formação dos hábitos alimentares da criança através da forma de lidar com a alimentação da criança e por servirem de modelo de comportamento. Para ajudar na construção uma relação mais harmoniosa com a alimentação e um ambiente alimentar mais saudável, deixo algumas orientações:
- Diversifique as cores, texturas e formatos.
- Façam refeições em família
- Não utilize telas para fazer a criança comer
- Mesmo que a criança não aceite, continue oferecendo legumes e verduras, variando a forma de preparo. Se ela recusar, não insista. É importante que ela perceba que é acolhida e respeitada. Mas não ofereça outros alimentos no lugar. Casa não é restaurante.
- Não ofereça sucos durante a refeição e limite a ingestão de água, deixando para tomar mais após a refeição. Seu estômago é pequeno e tira o espaço para a comida.
Criança saudável é criança feliz.